A Apple revelou novos celulares, tablets e smartwatches nesta terça-feira (14) em seu principal evento anual de novidades, ao mesmo tempo em que a empresa está sendo questionada em várias frentes, incluindo no que diz respeito a concorrência, privacidade e segurança cibernética.
Em um evento transmitido online por imposição da pandemia do coronavírus, Tim Cook, o chefe da empresa, elogiou as câmeras aprimoradas, telas mais brilhantes e novas funções para alguns dos outros dispositivos da gigante com sede no Vale do Silício, como o iPad.
— Estes são os melhores iPhones que já fizemos — afirmou Cook sobre as novas versões do produto carro-chefe da empresa.
Mas, ao contrário do ano passado, com a incorporação da conexão 5G, as melhorias técnicas da nova geração de aparelhos da marca não incluem mudanças fundamentais.
iPhone 13
Como esperado, a empresa revelou a gama de iPhone 13, que inclui quatro modelos, desde a versão "Mini", que será comercializada a partir de US$ 700 (cerca de R$ 3.670,00) nos Estados Unidos, até o iPhone 13 Pro Max, que começa em US$ 1.100 (aproximadamente R$ 5.760,00). Esses preços são semelhantes aos do iPhone 12 quando foi colocado à venda no final de 2020.
Os produtos ainda não estão disponíveis no Brasil. Porém, no site oficial da Apple, os preços já são mostrados. O valor do iPhone 13 é anunciado como a partir de R$ 6.599,00. O aparelho conta com um novo posicionamento das lentes traseiras, processador mais rápido e filmagens em qualidade "cinematográfica", com o recurso batizado de Cinematic Mode. O modelo iPhone 13 Pro Max, com a máxima capacidade de armazenamento, chega a R$ 15.499,00.
A fabricante afirmou, também, que os aparelhos terão mais autonomia de bateria. No caso do iPhone 13 Mini, a promessa é que a bateria tenha uma hora e meia a mais de duração com relação ao modelo anterior. O aumento no iPhone 13 seria de duas horas e meia em relação ao iPhone 12.
A capacidade 5G deve ser implementada para mais de 200 operadoras de telefonia em 60 países e regiões até o final do ano, explicou Kaiann Drance, vice-presidente responsável pelo iPhone.
A executiva lembrou também das mais recentes medidas tomadas para proteger o sigilo dos dados do usuário, uma das principais reivindicações de vendas da marca.
Críticas e processos
A Apple acaba de superar várias semanas de polêmica sobre suas novas ferramentas para combater a pornografia infantil em seus dispositivos iPhone e iPad.
As medidas geraram uma onda de reclamações entre os defensores da privacidade online. A empresa garantiu que os novos algoritmos propostos para detectar melhor as imagens de conteúdo sexual não reduziram a segurança ou a confidencialidade de seu sistema, mas ainda decidiu no início de setembro adiar sua implementação.
Paralelamente, também anunciou concessões para desenvolvedores de aplicativos no final de agosto. Muitos deles acusam a Apple de abusar de sua posição dominante no mercado de economia móvel, obrigando os consumidores a usar a App Store para baixar qualquer aplicativo nos dispositivos da marca e pagar por bens e serviços digitais.
Respondendo a um processo da Epic Games, criadora do jogo Fortnite, um juiz da Califórnia acaba de proibir a Apple de forçar os desenvolvedores a usar seu sistema de pagamento em seus aplicativos.
Nesta terça-feira, Cook exortou os usuários da marca a atualizarem seus dispositivos o mais rápido possível depois de garantir que a empresa consertou uma grande falha de software que permitia que o spyware Pegasus fosse instalado nos Iphones.