Os bispos do Togo condenaram neste sábado (25) uma decisão recente do governo de fechar os locais de culto devido a um aumento dos contágios de covid-19.
O pequeno país do oeste africano estendeu na semana passada o estado de emergência por 12 meses e determinou o fechamento de templos e mesquitas por um mês.
Diante disso, a Conferência de Bispos do Togo informou neste sábado em um comunicado que o fechamento de locais de culto demonstra uma abordagem "exclusivamente biomédica e ignora a realidade psicológica, antropológica, social e espiritual" da pandemia.
"A estratégia para combater esta crise sanitária deve respeitar a dignidade, liberdade e direitos fundamentais das pessoas", acrescentaram os bispos, que pediram mais campanhas de informação e vacinação.
O Togo, um país de 8 milhões de habitantes, registrou 25.083 casos de covid-19 e 219 óbitos, embora a cifra real possa ser mais elevada devido ao baixo nível de testagens.
O governo proibiu as cerimônias de casamento e os funerais, assim como eventos culturais, esportivos e políticos durante um mês devido ao aumento dos contágios.
* AFP