O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado que já deixou mais de 70 mortos nesta quinta-feira (26) perto do aeroporto de Cabul, durante a operação liderada pelos Estados Unidos para retirar civis do Afeganistão, após a tomada do poder pelos talibãs.
O EI informou que um dos seus combatentes cruzou "todas as fortificações de segurança" e se aproximou a "cinco metros" das forças norte-americanas antes de detonar seu cinto de explosivos, reportou a agência de propaganda do grupo jihadista Amaq, segundo uma tradução do Site Intelligence Group, que monitora as comunicações de grupos extremistas islâmicos.
O comunicado só mencionou um atacante suicida e uma explosão. O Pentágono, no entanto, informou sobre dois atentados suicidas seguidos de disparos em Cabul. Os Estados Unidos ameaçaram o EI de represálias.
O braço afegão do EI, conhecido como Estado Islâmico na província de Khorasan (EI-K), se consolidou em 2015 na província de Nangarjar, no leste do Afeganistão, mas tem estado sob pressão nos últimos anos pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, o exército afegão e os próprios talibãs.