As inundações no oeste da Alemanha provocaram pelo menos 165 mortes, de acordo com um balanço atualizado divulgado nesta segunda-feira (19), que também cita vários desaparecidos.
Na região de Renânia-Palatinado, a mais afetada pela tragédia, o número de mortos subiu para 117, contra 112 registrados anteriormente, e há 749 feridos, informou Verena Scheuer, porta-voz da polícia de Koblenz.
Na Renânia do Norte-Westfalia, o balanço divulgado no domingo informou "pelo menos" 47 mortes. Já a região da Baviera, no sul do país, onde foram registradas grandes inundações no fim de semana, registrou uma morte.
O ministro do Interior, Horst Seehofer, visitará nesta segunda-feira as zonas afetadas, em particular Bad Neuenahr-Ahrweiler, um dos vales arrasados pelas inundações.
O balanço fatal das enchentes deixou o ministro Seehofer no centro de uma polêmica sobre uma eventual falha dos sistemas de alerta à população.
A Alemanha está em choque com o maior desastre natural na história recente do país. No domingo (18), a chanceler Angela Merkel visitou a localidade de Schuld, perto de Bonn, onde a cheia do Rio Ahr provocou a destruição de parte do centro histórico.
— O idioma alemão tem problemas para encontrar as palavras para descrever a devastação provocada — disse Merkel, que descreveu uma situação "surreal" e prometeu a ajuda do Estado federal.
A partir de quarta-feira (21), o governo entregará ajudas de emergência de pelo menos 300 milhões de euros (quase US$ 350 milhões), antes de elaborar um vasto programa de reconstrução de bilhões de euros.
Cientistas e analistas políticos afirmaram que o desastre era uma consequência do aquecimento global. Merkel pediu no domingo um "grande esforço" para acelerar as políticas de luta contra a mudança climática.