Centenas de pessoas se reuniram em Washington nesta segunda-feira (26) para exigir "liberdade para Cuba" e uma intervenção dos Estados Unidos após a repressão aos protestos históricos há duas semanas na ilha.
Com bandeiras cubanas e americanas, os manifestantes passaram em frente à Casa Branca e depois à embaixada cubana, gritando "Abaixo a ditadura" e "Pátria e vida", título de uma canção que se tornou um símbolo do movimento de protesto.
Os manifestantes colocaram nas portas da embaixada cartazes com a legenda "Não temos mais medo" e pedindo uma "intervenção" dos Estados Unidos.
"Pedimos ao governo Biden que intervenha militarmente porque em Cuba o exército enfrenta cidadãos que não estão armados", disse à AFP Yamila Díaz, 34 anos, nascida na ilha.
Kat Moya, 22 anos, uma americana cujo pai fugiu de Cuba, disse que queria mostrar sua solidariedade aos cubanos: "Eles não gozam das liberdades que temos aqui, temos o direito de estar aqui (nos manifestando) enquanto eles são espancados por fazerem o mesmo lá" na ilha.
"É a primeira vez que o povo cubano está tão unido, dentro e fora de Cuba", disse Carlos Rodríguez, de 29 anos. "Não queremos o comunismo", acrescentou.
Na semana passada, o governo Joe Biden impôs sanções ao ministro da Defesa cubano, alegando buscar uma forma de restaurar o acesso à Internet na ilha, além de permitir que os cubano-americanos enviem dinheiro para seus familiares.
Há duas semanas, Cuba, em meio a uma grave crise econômica, registrou protestos sem precedentes contra o governo que deixaram um morto, dezenas de feridos e centenas de detidos.
* AFP