O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, se reuniu nesta quarta-feira (28) no Kuwait com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), a quem manifestou "apoio" à investigação sobre a origem da pandemia na China.
"Os Estados Unidos apoiam o projeto da OMS de realizar estudos complementares sobre as origens da covid-19, inclusive na República Popular da China, para entender melhor a pandemia e prevenir as próximas", tuitou o secretário de Estado após o encontro, que ocorreu à noite, após sua chegada ao país do Golfo. A reunião com Tedros Adhanom Ghebreyesus não estava em sua agenda.
Da mesma forma, "destacou a necessidade de que a próxima fase" da investigação seja conduzida "por especialistas", de forma "transparente" e "em prazos adequados", mas também "com base em provas" e "sem interferências", informou seu porta-voz, Ned Price, em um comunicado.
Blinken "insistiu na importância de a comunidade internacional estar de acordo nesta questão crucial".
Ambos mencionaram sua "colaboração para continuar reformando e fortalecendo a OMS", da qual o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump retirou seu país, denunciando que a agência estava submetida aos interesses da China. Mas seu sucessor, Joe Biden, reincorporou os EUA.
Mais de um ano e meio após o início da pandemia, os cientistas ainda não conseguiram rastrear sua origem e o assunto se tornou objeto de controvérsia entre Washington e Pequim, que mantêm relações tensas.
A teoria de que a covid-19 poderia ter saído de um laboratório em Wuhan, a cidade chinesa onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez, no final de 2019, voltou à tona nos últimos meses, apesar da maioria dos especialistas há muito tempo terem descartado essa ideia.
No entanto, a primeira fase da investigação da OMS não lançou luz sobre a polêmica questão.
* AFP