Pelo menos dois soldados e um policial morreram neste sábado (12) quando seu veículo atingiu um dispositivo explosivo no nordeste da Costa do Marfim, perto da fronteira com Burkina Faso, disse uma fonte da segurança à AFP. Outras três pessoas ficaram feridas.
O episódio ocorre uma semana após outro ataque por suspeitos jihadistas na cidade de Tougbo, a poucos quilômetros da fronteira.
Dois dias atrás foi inaugurada a Academia Internacional de Luta contra o Terrorismo (AILCT) em Jacqueville, perto de Abidjan, para ajudar no combate aos jihadistas que intensificam suas operações no Sahel.
É o quarto ataque em pouco mais de dois meses nesta região africana. Eles não foram reivindicados, mas sua responsabilidade é atribuída a jihadistas que operam em vários países vizinhos, como Burkina Faso, Mali e Níger.
A Costa do Marfim foi alvo de um ataque jihadista pela primeira vez em 2016, na cidade costeira de Grand-Bassam, perto de Abidjan. Os agressores abriram fogo na praia e em hotéis, matando 19 pessoas.
O Sahel sofre uma série de atentados cometidos por uma miríade de grupos jihadistas, ligados à Al Qaeda ou ao Estado Islâmico (EI), que estão se enraizando em áreas que as autoridades deixaram de lado.
Além do Sahel, há anos os grupos jihadistas atacam em intervalos regulares em países do Golfo da Guiné, como a Costa do Marfim.
— O norte da Costa do Marfim, na fronteira com Burkina Faso, está começando a ficar sob a influência de grupos jihadistas — disse recentemente à AFP o especialista antiterrorismo marfinense Lassina Diarra.