Um recorde de 27.001 casos de covid-19 nas últimas 24 horas fez soar o alerta na Argentina, cujo governo começou a analisar novas medidas e restrições na terça-feira (13). O país soma 2.579.000 casos da doença desde o começo da pandemia, com 217 mortos em apenas um dia e um total de 58.174 óbitos.
— Estamos diante de um grande aumento da velocidade de transmissão do vírus, com o surgimento de novas variantes — explicou Analía Rearte, vice-presidente da Sociedade Argentina de Vacinologia e Epidemiologia, após uma reunião de emergência de especialistas com autoridades do governo Alberto Fernández.
Em um país de 45,4 milhões de habitantes, o governo conseguiu adquirir mais de 7 milhões de vacinas de diferentes origens e já aplicou quase 5,7 milhões de doses.
Os índices de mortalidade e contágio chegam a 128 e 5.559 a cada 100 mil habitantes, respectivamente, e estão entre os piores das Américas.
— As reuniões informais nos preocupam como principal fonte de contágios — assinalou Juan Manuel Castelli, chefe de estratégias sanitárias do Ministério da Saúde.
A ocupação de leitos na região metropolitana de Buenos Aires passou em duas semanas de 56% para mais de 70%.
Desde a última sexta-feira (9), a Argentina esta sob toque de recolher noturno: entre meia-noite e 6h, é proibido circular pelas ruas. A medida irá vigorar até, pelo menos, 30 de abril.