O governo do presidente Joe Biden anunciou nesta sexta-feira (16) que vai investir 1,7 bilhão de dólares para melhorar sua capacidade de sequenciar o coronavírus em busca de mutações genéticas, já que as novas e potencialmente mais perigosas variantes estão prestes a dominar a pandemia.
O financiamento é parte de um pacote de ajuda de 1,9 trilhão de dólares aprovado no mês passado e ajudará os Estados Unidos a ficarem em dia na vigilância genômica, uma área na qual está muito atrás em comparação com outros países avançados.
"No início de fevereiro, os laboratórios americanos sequenciavam apenas umas 8 mil cepas de covid-19 por semana", disse um comunicado da Casa Branca, que acrescenta que, graças a um investimento inicial de 200 milhões de dólares, o ritmo agora é de 29 mil amostras por semana.
O novo financiamento inclui 1 bilhão de dólares para ampliar a capacidade federal e estadual de expandir a vigilância genômica; 400 milhões de dólares para criar seis centros de pesquisa de última geração; e 300 milhões de dólares para construir um sistema nacional para compartilhar e analisar dados.
Segundo uma análise do jornal Washington Post em dezembro, os Estados Unidos ocupavam o 43º lugar do mundo na capacidade de sequenciar os casos de coronavírus.
Também há a preocupação com o aumento de outras variantes, como as encontradas pela primeira vez na África do Sul e no Brasil, que são mais capazes de escapar dos anticorpos produzidos em resposta à cepa original.
Os fabricantes de vacinas estão atualmente testando reforços adaptados às variantes, que poderiam estar disponíveis até o final do ano.