O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou na tarde desta quinta-feira (11) o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão. Em breve cerimônia na Casa Branca, ele enfatizou a importância da medida, no momento em que o país tenta se recuperar do choque da covid-19.
— Esta legislação histórica busca reconstruir a espinha dorsal deste país — elogiou.
Biden disse que, com o pacote, será possível dar à classe trabalhadora e à classe média "uma chance de lutar". E também comentou que terá mais a dizer sobre a covid-19 em discurso nesta noite, bem como em uma viagem que planeja para a próxima semana.
Primeiro vitória legislativa do democrata, que assumiu o cargo em 20 de janeiro, a proposta de estímulos passou nesta quarta-feira (10) na Câmara dos Representantes, após já ter tramitado pelo Senado. A cerimônia na Casa Branca estava marcada para amanhã, mas foi adiantada para hoje porque a aprovação da lei no Congresso ocorreu antes do esperado pelo mandatário.
A legislação inclui US$ 350 bilhões em ajuda financeira a governos estaduais e locais, pagamentos diretos de US$ 1,4 mil para indivíduos que ganham até US$ 75 mil por ano, a extensão dos benefícios de auxílio-desemprego de US$ 300 por semana, além de US$ 130 bilhões para escolas e US$ 14 bilhões para acelerar a distribuição de vacinas contra a covid-19. A medida mais polêmica, o aumento do salário mínimo do país de US$ 7,25 para US$ 15 a hora, foi retirada da proposta no Senado para agradar à ala mais moderada do partido.
Na quarta, o pacote passou na Câmara com 220 votos favoráveis e 211 contrários. Nenhum republicano votou a favor da aprovação da lei, enquanto apenas um democrata votou contra. A proposta de estímulos já havia sido aprovada na Casa no final de fevereiro, mas voltou para análise dos deputados após sofrer alterações no Senado.