O papa Francisco reapareceu neste domingo (18) na tradicional janela do Palácio Apostólico na Praça de São Pedro para pronunciar em público sua tradicional oração semanal, que desde 21 de março vinha sendo transmitida de sua biblioteca, devido às restrições da pandemia.
— Uma cordial saudação a todos vocês, romanos e peregrinos brasileiros, poloneses e espanhóis (...). Graças a Deus, podemos estar novamente neste lugar para o nosso encontro dominical — lançou o papa, sorrindo, perante os fiéis na majestosa praça emoldurada pela famosa colunata de Gian Lorenzo Bernini, em frente à imponente Basílica de São Pedro.
— Devo confessar a vocês uma coisa: senti falta da praça. Quando tive que rezar na biblioteca, não estava contente. Graças a Deus, obrigado pela presença (...) desejo a todos um bom domingo!
A oração do último domingo pronunciada pelo papa em público datava de 14 de março. As restrições contra o coronavírus adotadas na Itália, e portanto em Roma, onde está localizado o Vaticano, não permitiam a realização de reuniões, sendo necessário suspender este evento popular entre fiéis, peregrinos e turistas.
Francisco expressou sua preocupação com o "aumento das atividades militares" na Ucrânia, onde a Rússia é acusada de implantar numerosas tropas na Crimeia (uma península anexada em 2014) e na fronteira, com novos combates, que quase acabaram com a trégua do verão (boreal) de 2020.
— Estou profundamente preocupado com os acontecimentos em algumas regiões da Ucrânia, onde nos últimos meses se multiplicaram as violações do cessar-fogo — disse ele em uma passagem de seu discurso aos fiéis.
Nesta semana, o papa Francisco manifestou sua aproximação com todos os brasileiros, ricos e pobres, jovens e idosos, que enfrentam "uma das provas mais difíceis de sua história" pela pandemia de coronavírus.
Em uma mensagem gravada, enviada aos participantes da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na quinta-feira (15), que reúne por videoconferência 485 bispos, o papa argentino falou da dor e do sofrimento que abala o país devido à morte de milhares de brasileiros.