Apesar das restrições de atividades provocadas pela pandemia do coronavírus, as celebrações de Páscoa aconteceram em vários lugares do mundo neste domingo (4). No Vaticano, o papa Francisco condenou a violência, afirmando que há "guerras demais e violência demais" durante a pandemia, e pediu à comunidade internacional o compartilhamento das vacinas anticovid com os países mais desfavorecidos.
Francisco dedicou seu discurso pascal, antes da bênção Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo) aos mais vulneráveis, aos doentes de covid-19, aos migrantes, às pessoas que por causa da pandemia vivem de forma precária e às populações que sofrem com as guerras.
— Ainda há guerras demais e violência demais no mundo! — disse o pontífice argentino, enquanto enumerou alguns dos conflitos mais devastadores, como o da Síria, do Iêmen e da Líbia.
— A pandemia ainda está em pleno curso, a crise social e econômica é muito grave, especialmente para os mais pobres; e apesar de tudo - e isso é escandaloso -, os conflitos armados não cessam e os arsenais militares são reforçados — criticou o papa.
O papa fez seu discurso em uma basílica de São Pedro quase vazia. Normalmente, ele preside estas celebrações diante de milhares de fiéis no Vaticano. Desta vez, pelo segundo ano consecutivo, as restrições contra a covid-19 na Itália, um dos países mais afetados pela pandemia com mais de 110.000 mortos, impediram este tipo de ato.
Já no Brasil, graças à liberação dos cultos e eventos religiosos feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques, em alguns locais houve celebração de missas com presença de público. No Rio Grande do Sul, foi liberada a presença de 25% do público a partir de decreto do governo estadual.