O papa Francisco presidiu na noite desta sexta-feira (2), na Praça de São Pedro, no Vaticano, sua segunda Via Crucis sem público por causa da pandemia.
Neste ano, o sumo pontífice confiou a leitura de textos sobre a Paixão de Cristo a crianças e adolescentes de um grupo de escoteiros e uma paróquia romana que ajuda os mais vulneráveis.
Às 16h de Brasília, em frente a uma praça com cerca de 200 pessoas, entre religiosos e convidados, a cerimônia começou com a presença do papa, instalado defronte à Basílica de São Pedro. Ao longo das 14 estações que ilustram a Paixão de Cristo, encenadas ao redor do obelisco que fica no centro da praça, crianças falaram sobre sua vida cotidiana.
Cada estação foi ilustrada por desenhos feitos pelas crianças. Na nona estação, a que lembra a queda de Jesus, uma menina mencionou as mudanças que a pandemia de coronavírus provocou em sua vida.
— Desde o ano passado, não voltamos a visitar nossos avós — disse a menina. — Sinto muita falta deles. Às vezes me sinto sozinha. A escola está fechada.
Em anos anteriores, a Via Crucis era celebrada em torno do Coliseu, em Roma. Neste ano, devido à pandemia, o papa renunciou ao rito lava-pés e celebrou todos os eventos que marcam a Semana Santa dentro dos muros do Vaticano e sem a presença de multidões de fiéis.
No domingo, o papa pronunciará a bênção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo), tradicional no Natal e na Páscoa.