Após o ataque extremista que causou dezenas de mortes no norte de Moçambique, milhares de sobreviventes vagam pela cidade de Palma há quase uma semana, à procura de seus entes queridos, um veículo ou um abrigo, segundo fontes humanitárias.
Nos últimos dias, algumas embarcações que transportam os sobreviventes e pequenas canoas chegaram ao porto de Pemba, a mais de 300 km ao sul.
As organizações humanitárias esperavam uma chegada maior de sobreviventes na capital da província de Cabo Delgado, em cujo porto reina uma tensa tranquilidade, segundo um fotógrafo da AFP presente no local.
Sem recursos, centenas de pessoas caminharam a pé até a fronteira com a Tanzânia no norte, ou até acampamentos de deslocados internos, segundo várias testemunhas.
Muitos estão exaustos, sem comida e chegam com os pés inchados, afirmam as ONGs.
Desde domingo, as testemunhas descrevem Palma como uma cidade fantasma, mas os confrontos esporádicos persistem, afirmou a ONU em um comunicado nesta terça-feira.
A violência é a principal causa de uma grave crise humanitária em Moçambique, que poderia se agravar com mais de 670.000 pessoas obrigadas a abandonar suas casas, segundo a ONU.
* AFP