As autoridades de Bangladesh defenderam, nesta quarta-feira (24), o uso de cercas de arame nos extensos acampamentos de refugiados rohingyas no sul do país, o que, segundo várias organizações, teria impedido muitos deles de escapar de um incêndio devastador.
Pelo menos 15 pessoas morreram, e mais de 10.000 barracas de refugiados foram destruídas.
"Não acredito que essas cercas tenham impedido os esforços de resgate. Há vias suficientes nos acampamentos, e centenas dos nossos funcionários, policiais e voluntários estavam presentes para socorrê-los", disse à AFP o comissário para Refugiados de Bangladesh, Shah Rezwan Hayat.
Segundo as Nações Unidas, organizações de ajuda aos refugiados e líderes dirigentes rohingyas, as cercas de arame obstaculizaram o trabalho de resgate e feriram as pessoas que tentavam escapar das chamas, na segunda-feira, nos acampamentos de Cox's Bazar.
Ontem, a ONU informou que foram 15 mortos, 560 feridos, 400 desaparecidos e 45.000 pessoas deslocadas.
* AFP