O laboratório alemão BioNTech anunciou, nesta segunda-feira (1º), a aceleração de suas remessas para a União Europeia da vacina contra a covid-19, desenvolvida com o americano Pfizer, e prometeu até mais 75 milhões de doses no segundo trimestre.
As duas empresas esperam "aumentar as entregas a partir da semana de 15 de fevereiro" e fornecer "a quantidade de doses que nos comprometemos (a entregar) no primeiro trimestre", bem como "até 75 milhões de doses adicionais para a União Europeia no segundo trimestre", no âmbito dos contratos existentes, explicou o diretor financeiro, Sierk Poetting, em comunicado.
O anúncio surge no dia de uma cúpula entre líderes alemães e vários grupos farmacêuticos para tentar impulsionar a campanha de vacinação, que avança lentamente na Alemanha e em muitos outros países europeus.
Após a desaceleração no fornecimento, devido a alterações na cadeia produtiva da fábrica belga de Puurs, "voltamos ao nosso plano inicial de entregas", acrescentou Poetting.
No total, a UE fez um pedido de 600 milhões de doses de seu fármaco, chamado "Comirnaty".
O anúncio da diminuição temporária da oferta provocou, em meados de janeiro, a revolta e a indignação de vários governos europeus. A tensão aumentou ainda mais quando o laboratório britânico AstraZeneca também informou que entregaria menos doses do que o previsto.