O presidente americano, Joe Biden, assinou nesta quarta-feira (20) uma série de decretos, inclusive uma ordem para que o país volte a estar comprometido com o Acordo Climático de Paris e um documento para anular a decisão de deixar a Organização Mundial da Saúde (OMS).
— Vamos combater as mudanças climáticas de uma forma que não tínhamos tentado até agora — disse Biden a jornalistas, após assinar os decretos que incluem medidas de proteção ambiental, mas também normas para combater a pandemia de covid-19.
O presidente indicou que suas ações contra a covid-19, que deixou mais de 400 mil mortos no país, "ajudarão a mudar o curso da crise".
Entre as medidas está a obrigatoriedade do uso de máscaras em instalações federais, transporte interestadual e para funcionários do governo central. Outra decisão adotada é a suspensão das obras do muro de fronteira com o México e iniciativas para ampliar a diversidade e a participação das minorias no governo federal.
Biden procura distanciar-se do ex-presidente Donald Trump e definir o rumo de seu governo com esta série de medidas. O retorno ao Acordo do Clima de Paris, que os Estados Unidos adotaram em 2016 durante a presidência de Barack Obama, quando Biden era vice-presidente, foi elogiado por outros líderes.
— Bem-vindo — comemorou o presidente da França, Emmanuel Macron.
O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, celebrou a decisão, mas pediu a adoção de um plano "ambicioso" contra o aquecimento global.
— Esperamos a liderança dos Estados Unidos na aceleração do esforço global em direção ao zero (em emissões de carbono), incluindo a apresentação de uma nova contribuição nacional com metas ambiciosas para 2030 e financiamento climático antes da COP26 em Glasgow no final deste ano — acrescentou.
Os assessores de Biden anunciaram que ele aprovaria 17 decretos, mas a imprensa teve que deixar o gabinete antes que o presidente terminasse de assinar os documentos.