O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou decreto no período da tarde desta quarta-feira, 27, suspendendo novas concessões federais para petróleo e gás no país e eliminando subsídios a combustíveis fósseis. A medida foi adianta mais cedo pela Casa Branca, em comunicado. Por outro lado, o líder democrata assegurou que a tecnologia para extração do petróleo de xisto - conhecida como "fracking" - não será banida.
— Preservamos empregos. Quando penso na resposta à crise climática, penso em empregos — garantiu.
Na visão do presidente americano, os EUA precisam de uma "resposta nacional unificada à crise climática".
— Da mesma forma que precisamos de uma resposta nacional unificada para a covid-19, precisamos desesperadamente de uma resposta nacional unificada à crise climática. A mudança climática estará no centro de nossa política externa e segurança nacional — declarou Biden, em pronunciamento.
Ele assinou decreto, nesta quarta, criando o Gabinete do Clima na Casa Branca.
— Não é hora de medidas pequenas. Temos que ser ousados — completou, revelando, ainda, que o governo deve aumentar a compra de carros movidos a energia limpa e, assim, criar um milhão de empregos na indústria automobilística.
De acordo com Biden, pesquisas mostram que poluição do ar aumenta a probabilidade por morte por covid-19 - o que incluiria o combate às mudanças climáticas na resposta do governo à pandemia.
O presidente dos EUA também prometeu construir 1,5 milhão de casas e prédios públicos com energia limpa, estimulando a geração de empregos.
Biden anunciou que os Estados Unidos vão organizar uma cúpula de dirigentes sobre o clima em 22 de abril, Dia da Terra. A data também coincide com o quinto aniversário da assinatura do Acordo de Paris, ao qual Washington voltou a aderir horas depois da posse do novo presidente, em 20 de janeiro.
— Já esperamos tempo demais para enfrentar esta crise diplomática. Não podemos esperar mais. O vemos com nossos próprios olhos. O sentimos dentro de nós. E é hora de agir — alertou Biden.