O Unicef pediu nesta segunda-feira (7) 2,5 bilhões de dólares para cobrir as necessidades humanitárias de 39 milhões de crianças no Oriente Médio e norte da África, afetadas também pela pandemia de covid-19.
"Este apelo busca proporcionar ajuda humanitária vital para as crianças e reagir diante das necessidades geradas pela pandemia" de covid-19, declarou em um comunicado o diretor do escritório regional do Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ted Chaiban.
"Por culpa dos conflitos armados, da pobreza e da paralisação da economia, a região reúne o maior número de crianças necessitadas do mundo", explicou Chaiban, que mencionou três países específicos: Iêmen, Síria e Sudão.
Segundo o comunicado divulgado nesta segunda-feira, tanto o Iêmen, onde a guerra levou à "pior crise humanitária do mundo", quanto a Síria, destruída por uma década de guerra civil, e o Sudão, mergulhado em uma profunda crise econômica, seriam "os primeiros países a se beneficiar desta ajuda".
No Iêmen, cerca de 12 milhões de crianças precisam de ajuda humanitária após cinco anos de conflito, segundo a Unicef.
A guerra civil na Síria que causou mais de 380.000 mortos, deixou também milhões de deslocados e destruiu sua economia, com 4,8 milhões de crianças em situação de necessidade.
"O mundo não pode fechar os olhos para as necessidades de crianças que vivem dois dos conflitos mais horríveis da história recente", afirmou Chaiban, falando sobre a Síria e o Iêmen.
A crise econômica, a transição política da ditadura para a democracia e inundações sem precedentes deixaram 5,3 milhões de crianças em situação de necessidade no Sudão.
No Líbano, 1,9 milhão de crianças dependem atualmente das ajudas, em um país que vive há mais de um ano em uma profunda crise econômica e política.
O dinheiro pedido pela Unicef será investido principalmente em educação, saneamento de água, saúde, nutrição e ajuda em saúde mental.
* AFP