O Peru, um dos países com maior mortalidade pela covid-19, encerrará o ano com acordos prévios e um contrato em negociação com laboratórios para a compra de vacinas contra o coronavírus.
— O que temos são acordos vinculantes com três entidades diferentes e um contrato em negociação neste momento para conseguir a vacina — disse à rádio RPP a ministra da Saúde, Pilar Mazzetti, que não detalhou o conteúdo destes acordos, nem quais organizações ou laboratórios estão envolvidos.
Sem mencionar datas, Mazzetti assegurou que a vacinação "está bem orientada" para ocorrer no ano que vem no país que registra mais de um milhão de contágios.
— É importante que todos saibamos que há muita incerteza sobre o tema das vacinas — disse Mazzetti.
A ministra disse que em nível internacional estão prontas as aprovações para as vacinas da AstraZeneca e da Sinopharm, que poderiam ser consideradas por países como o Peru.
Mazzetti admitiu que durante as negociações com o laboratório Pfizer para a compra de 9,9 milhões de vacinas, surgiram aspectos "que não estavam previstos", que não especificou. No entanto, disse que "não foram rompidas as relações" com essa farmacêutica.
— Com a Pfizer temos de ajustar alguns aspectos do contrato — afirmou.
O Peru decretou em 18 de dezembro o caráter gratuito e universal da vacina contra a covid-19 "para todos os habitantes". O país é um dos mais afetados na região pela pandemia, com mais de 37.368 mortos e 1.005.546 contagiados até sexta-feira (25).
O governo anunciou nesta semana novas restrições a vigorar durante o Natal e o Ano Novo para evitar aglomerações e um crescimento dos contágios. A economia peruana está em recessão, em consequência do confinamento obrigatório de mais de cem dias, que paralisou parcialmente as atividades produtivas. Estima-se para este ano um recuo de 12,5%.