O centro da Croácia foi abalado por novos tremores de terra nesta quarta-feira (30), um dia após um violento terremoto que deixou pelo menos sete mortos, danificou centenas de casas e privou bairros inteiros de eletricidade.
De acordo com o Instituto Americano de Geofísica (USGS, na sigla em inglês), dois sismos de magnitude 4,8 e 4,7 foram registrados na região de Sisak, a sudeste de Zagreb, com alguns minutos de intervalo, após as 5h15min GMT (2h15min em Brasília). Em princípio, nenhum dano foi relatado.
Essa região e, em particular, a localidade de Petrinja e seus arredores, continuava em estado de choque hoje devido ao terremoto de magnitude 6,4 ocorrido na véspera e que também se fez sentir nos países vizinhos.
"O horror em Petrinja", eram as manchetes da imprensa croata nesta quarta. "Um ano de desastre termina na destruição" de uma região, dizia a primeira página de um jornal local.
As equipes de resgate trabalharam sem descanso em busca de possíveis sobreviventes sob as ruínas dos prédios destruídos. Temendo tremores secundários, muitos moradores passaram a noite em seus veículos, e outros 200 se abrigaram em um quartel.
O terremoto deixou sete mortos, incluindo uma adolescente de 13 anos, segundo a imprensa local. Outras cinco pessoas morreram em Majske Poljane, na cidade vizinha de Glina, segundo fontes oficiais.
A sétima vítima foi encontrada sob os escombros de uma igreja na cidade de Zazina. Segundo o padre local, citado pela agência de notícias Hina, trata-se do organista que foi consertar o órgão danificado em um terremoto anterior.
Cerca de 20 pessoas ficaram feridas, de acordo com a polícia croata. Um terremoto de magnitude 5,3 já havia sacudido a capital croata em março, causando danos materiais significativos. Os Balcãs são uma zona de forte atividade sísmica.