O policial branco Derek Chauvin, principal acusado pelo assassinato do afro-americano George Floyd, ganhou liberdade condicional nesta quarta-feira (7) após o pagamento de 1 milhão de dólares de fiança, segundo documentos judiciais.
O agente de 44 anos deve ser julgado em março junto com três de seus ex-colegas, acusados de cumplicidade. O caso desencadeou a maior mobilização antirracista nos Estados Unidos desde o movimento pelos direitos civis na década de 1960.
Em maio, em Minneapolis, ele foi filmado ajoelhado no pescoço de George Floyd por quase nove minutos. As imagens provocaram um repúdio generalizado em todo o mundo.
Sua prisão, quatro dias após o ocorrido, contribuiu para amenizar os protestos nesta cidade do norte dos Estados Unidos, abalada por várias noites de distúrbios.
Desde então, Chauvin esteve preso em um presídio de alta segurança de Minnesota, do qual saiu apenas em 11 de setembro para comparecer ao julgamento.
Ele se apresentou no tribunal junto com seus co-acusados: Alexander Kueng, Thomas Lane e Tou Thao, que foram libertados sob fiança há semanas.
Os quatro homens pediram a retirada das acusações, alegando que usaram uma força razoável contra um homem que lutava. George Floyd está "morto provavelmente por uma overdose de fentanil", disse o advogado de Derek Chauvin, segundo as atas judiciais.
Este argumento gerou indignação na família Floyd.
— Isso é uma loucura — disse seu sobrinho Brandon Williams.
— Ele morreu por causa de um joelho em seu pescoço, é o que a autópsia diz — acrescentou seu irmão Philonise Floyd.