Os Estados Unidos vão reduzir o número de soldados nas tropas do Iraque até outubro. Em declaração dada nesta quarta-feira (9), o general Kenneth McKenzie, chefe do comando militar norte-americano no Oriente Médio, afirmou que, de 5,2 mil, passarão a ser 3 mil soldados na região.
— Reconhecendo o grande progresso obtido pelas forças iraquianas e, em consulta e em coordenação com o governo iraquiano e com nossos sócios da coalizão, os Estados Unidos decidiram reduzir sua presença militar no Iraque de aproximadamente 5,2 mil para 3 mil no mês de setembro — afirmou McKenzie.
Durante uma reunião em agosto com o primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al Kazimi, Trump disse que as tropas sairiam do Iraque, mas não revelou um cronograma. O encontro aconteceu em Washington, em um momento de aumento dos ataques a alvos americanos por combatentes pró-Irã e quando o governo iraquiano era pressionado para expulsar os quase 5 mil soldados norte-americanos presentes no país como parte dos esforços antijihadistas.
O exército norte-americano se retirou do Iraque em 2011 e manteve apenas uma pequena missão vinculada a sua embaixada. Mas forças adicionais foram mobilizadas alguns anos depois para apoiar o Iraque em sua luta contra o Estado Islâmico (EI), que executou uma ofensiva devastadora em meados de 2014.
No Afeganistão, 8,6 mil soldados norte-americanos estão presentes atualmente, segundo um acordo bilateral assinado em fevereiro entre Washington e os talibãs. O Pentágono afirmou em agosto que a meta era reduzir a menos de cinco mil soldados com o avanço das negociações de paz afegãs.
Sob o acordo entre Estados Unidos e os talibãs, todas as tropas estrangeiras devem deixar o país até a primavera (hemisfério norte, outono no Brasil) de 2021. Trump, que está atrás do rival democrata Joe Biden nas pesquisas para a eleição presidencial de 3 de novembro, havia prometido previamente o retorno das tropas para casa.