A França fechou mais de 80 escolas desde que o ano letivo foi retomado, há 15 dias, devido à detecção de novos casos de coronavírus. De acordo com o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, os números ainda são considerados "baixos".
— Temos cerca de 1,2 mil novos casos de covid-19 entre os alunos em comparação com a semana passada — disse Blanquer em entrevista à rede de LCI.
O ministro destacou que o fechamento dessas unidades representa apenas uma pequena fração das 60 mil escolas em toda França e disse que o início do ano letivo "é o melhor possível" dada a atual crise de saúde.
Aulas presenciais também foram suspensas em algumas universidades nos últimos dias, devido à detecção de alguns casos de contágio. No sudeste, a Universidade de Montpellier anunciou a suspensão das aulas na Faculdade de Medicina depois que cerca de 60 alunos testaram positivo para o coronavírus após uma festa.
A Universidade de Rennes, no oeste da França, também suspendeu as aulas para estudantes de medicina do segundo e terceiro ano esta semana, após 83 testes positivos.
A agência nacional de saúde pública relatou quase 8 mil novos casos nas últimas 24 horas, um pequeno declínio em relação aos mais de 10 mil casos registrados no sábado (12) e um recorde desde o início da triagem em massa. O ministro também notou um salto no número de internações na semana passada, para 2.713 casos, dos quais 479 precisaram ir para a UTI.
Embora o número esteja bem abaixo das 7 mil pessoas em tratamento intensivo no auge da pandemia, a França se prepara para uma segunda onda de casos que pode chegar neste outono (primavera no Brasil). O governo colocou 82 dos 101 departamentos do país em alerta vermelho, e cidades como Bordeaux e Marselha aumentaram as restrições esta semana, especialmente em termos de reuniões públicas e visitas a asilos.
Cerca de 31 mil pessoas morreram de covid-19 na França.