O julgamento pelos atentados de janeiro de 2015 contra o semanário satírico Charlie Hebdo e um supermercado de produtos kosher, que marcaram o início de uma série de violentos ataques islamitas na França, ocorre nesta quarta-feira (2) em Paris.
Quatorze pessoas são acusadas por suposto apoio logístico aos três autores materiais dos ataques, que morreram depois que cometeram os crimes. Os atentados deixaram 17 vítimas fatais entre 7 e 9 de janeiro 2015, provocando um grande choque na França e no mundo.
O Charlie Hebdo, criado em 1970 e conhecido pelas recorrentes piadas com religião, havia publicado charges ridicularizando o profeta do islã, Maomé. Descontentes com o que consideraram uma blasfêmia, dois homens armados invadiram a Redação do semanário em Paris.
Eles disseram que representavam um braço da organização terrorista Al Qaeda e que queriam vingar o seu profeta, segundo os relatos dos sobreviventes. Entre os mortos, estavam repórteres e funcionários da publicação, reunidos ali para mais uma reunião corriqueira.
O atentado é ainda hoje um potente símbolo da intolerância contra um humor de tipo irreverente. O episódio motivou intensos, e até hoje não resolvidos, debates sobre os limites da liberdade de expressão.