O líder norte-coreano Kim Jong un assumiu neste domingo pela primeira vez que "o vírus" pode ter entrado no país, ao confirmar o primeiro caso de suspeita de infecção pelo coronavírus, de acordo com informações da imprensa estatal. Diante das suspeitas foi declarado lockdown (bloqueio total) na cidade de Kaesong, próxima da fronteira com a Coreia do Sul, desde a tarde de sexta-feira.
Se esse paciente for oficialmente declarado com covid-19 este será o primeiro caso confirmado no país. Até agora a Coreia do Norte tem afirmado veementemente que não teve nenhum caso da doença. Tal alegação, entretanto, é questionada por especialistas externos.
A Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA, em inglês) informou que o caso suspeito é de um fugitivo do país que cruzou a fronteira há três anos e retornou ilegalmente no início da semana passada.
De acordo com a KCNA, amostras de secreção das vias aéreas e exames de sangue indicam que o paciente "é suspeito de ter sido infectado" pelo coronavírus e foi colocado em quarentena. Pessoas que estiveram em contato com o paciente e as que estiveram em Kaesong nos últimos cinco dias também foram colocadas em quarentena.
Com uma população estimada em 200 mil pessoas, a cidade de Kaesong está localizada próxima da zona desmilitarizada (DMZ) que separa as duas Coreias. O local já abrigou o complexo industrial conjunto das Coreias, fechado desde 2016 em meio a tensões nucleares.