Centenas de norte-americanos se reuniram nesta quinta-feira (4), em Minneapolis, para celebrar a vida de George Floyd, o homem negro cuja morte sob custódia policial desencadeou uma onda de protestos em todo o país.
— Todo mundo quer justiça, nós queremos justiça para George, ele vai conseguir. É incrível que ele tenha tocado tantos corações — disse Philonise Floyd, um dos irmãos de Floyd, durante o memorial em uma capela na North Central University.
Os membros da família de Floyd, o reverendo Jesse Jackson, o governador de Minnesota Tim Walz, a senadora do Estado do Texas Amy Klobuchar e o prefeito de Minneapolis Jacob Frey estavam entre as centenas de pessoas que participaram da cerimônia.
O advogado Ben Crump prometeu justiça para George Floyd.
— Não foi a pandemia de coronavírus que matou George Floyd. Foi a outra pandemia, a pandemia de racismo e discriminação — disse.
A morte de Floyd, ocorrida no dia 25 de maio, se tornou o mais recente caso de brutalidade policial contra os afro-americanos, levando a questão da raça ao topo da agenda política cinco meses antes da eleição presidencial dos Estados Unidos, que deve acontecer em 3 de novembro.
O policial Derek Chauvin foi demitido e acusado de assassinato em segundo grau depois de ter sido filmado ajoelhado no pescoço de Floyd por quase nove minutos, enquanto a vítima ofegava e alertava que não conseguia respirar. A frase "I can't breathe", dita por ele, virou símbolo das manifestações antirracismo no país
A polícia diz suspeitar de que George Floyd usou uma nota falsa para comprar cigarros e que resistiu à prisão. Em um vídeo feito por uma câmera de segurança, no entanto, Floyd aparece com algemas nas costas sem oferecer resistência.
No total, quatro policiais foram detidos por seu papel na morte de Floyd.