No início da semana, os Estados Unidos anunciaram o envio de cerca de 2 milhões de doses de hidroxicloroquina ao Brasil para auxiliar no tratamento de pacientes com covid-19. O fornecimento foi divulgado poucos dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) suspender os testes com a substância, em razão dos riscos e da falta de segurança sobre a eficácia do remédio.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta quarta-feira (3), na Rádio Gaúcha, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, falou sobre a ação. Segundo ele, o envio atendeu a pedido do governo brasileiro, que tem "interesse no medicamento".
— É uma forma de ajudar o Brasil a combater a pandemia, esse inimigo invisível. Nós vamos seguir ajudando, pois (o envio) é uma resposta ao pedido do Brasil. Há interesse do governo brasileiro no medicamento. Há pessoas que acreditam (na eficácia da hidroxicloroquina) e quem não acredita. A decisão para qual tipo de tratamento seguir fica entre o paciente e o médico — afirmou.
Chapman também comentou a decisão do governo americano de proibir o ingresso de viajantes que chegam nos Estados Unidos a partir do Brasil, atualmente um dos países mais atingidos pela pandemia de coronavírus. Para o embaixador, não há previsão para normalizar a situação.
— Vamos analisar constantemente (a situação). Pelas seguintes semanas, acho que as medidas (restritivas) vão continuar — comentou.