— Venham, não precisam ter muito medo — resume um cozinheiro de Copenhague.
Na Dinamarca, assim como na Itália e em outras partes da Europa e da Ásia Central, os restaurantes abriram nesta segunda-feira (18) após dois meses de fechamento.
Em Copenhague, Eric Poezevara esperava impacientemente clientes do lado de fora, onde pode colocar algumas mesas, e de dentro.
— A atmosfera vai ser um pouco estranha. Vamos ao restaurante nos divertir, mas agora, com certeza, as pessoas vão ficar um pouco tensas, vão olhar para a mesa do lado e dizer: "ele tem, ele não tem coronavírus" — reconhece o dono do restaurante antes da hora do rush.
Seu estabelecimento poderá acomodar metade do número de clientes, a fim de cumprir as recomendações sanitárias que indicam uma distância de um metro entre as mesas, o fornecimento de soluções à base de álcool e maior atenção à higiene.
Na Itália, o público parece relutante. No centro histórico de Roma, na Piazza Navona, todos os cafés permaneceram fechados, exceto um, com uma plana "Good morning, welcome for breakfast", dirigida aos visitantes estrangeiros. As mesas foram arrumadas, mas não há clientes à vista.
A poucos passos de distância, no San Eustachio Il Caffe, um dos favoritos dos turistas, o proprietário Raimondo Ricci lamenta a falta de clientes:
— Não há ninguém aqui. Seja aberto ou fechado, é a mesma coisa.
Impaciência
Sentada no terraço de um café popular em Norrebro, na capital dinamarquesa, Cecilia, que ensina ioga, desfruta o início de um retorno à normalidade:
— Estava ansiosa para ver as pessoas na rua, relaxadas, ver as pessoas saindo. Estava impaciente por ver isso.
Mas na Dinamarca muitos restaurantes e cafés permanecerão fechados por algum tempo para se organizar.
Na Albânia, além de solução desinfetante para as mãos, os funcionários dos bares e restaurantes devem usar luvas e máscaras e as mesas, que devem estar espaçadas a três metros de distância, não podem acomodar mais de duas pessoas.
— Hoje, com a abertura dos bares, a vida em Tirana ganha novos ares depois que seus habitantes ficaram trancados por várias semanas — diz Sokol Hoti, 30 anos, no terraço do Santa Bar, no centro da capital albanesa.
Na Espanha, com exceção de Madri e Barcelona, e em Portugal também estão sendo reabertos cafés e terraços, em consonância com o relaxamento das restrições em vigor.
Na capital do Cazaquistão, Nour-Sultan, os garçons usam luvas e máscaras e os clientes devem ter sua temperatura verificada na entrada dos restaurantes. Nesse país, os restaurantes abriram em todos os lugares, exceto na maior cidade, Almaty, que lidera o número de casos de coronavírus.
No Azerbaijão, restaurantes e cafés também reabriram, mas permaneceram praticamente desertos. Quatro horas após a abertura, Natik Aliyev, gerente de um café no centro da capital, Baku, lamentava ter apenas dois clientes:
— As pessoas continuam com medo e evitam o espaço público.