O governo de Hong Kong anunciou, nesta terça-feira (5), relaxamento das restrições impostas em combate ao coronavírus. A reabertura de escolas, bares e cinemas, entre outros estabelecimentos, deverá entrar em vigor na sexta (8). A decisão se baseia na clara redução da circulação do vírus na ex-colônia britânica.
A expectativa das autoridades locais é de que seja possível aliviar a economia do território, afetada desde o ano passado pela guerra comercial entre China e Estados Unidos e pela crise política interna, antes de sofrer com a pandemia. O governo também anunciou um projeto para distribuir máscaras reutilizáveis para os 7,5 milhões de habitantes da cidade.
Depois da China, Hong Kong foi um dos primeiros territórios afetados pela pandemia de covid-19. Apesar de sua proximidade com a China continental, esta região semiautônoma conseguiu impedir a propagação do coronavírus. O território totaliza mil casos de contaminação e quatro mortes.
Hong Kong não registrou nenhum novo caso em dez dos últimos 16 dias. Todos os casos registrados foram de pessoas que entraram no território, já postas em quarentena.
— Espero que essas medidas sejam um alívio para os habitantes — disse a chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, a jornalistas.
A proibição de se reunir em restaurantes em grupos de mais de quatro pessoas foi ampliada, e agora são permitidos grupos de até oito pessoas. A distância de 1,5 metro entre as mesas permanece. Shows ainda são proibidos, e boates seguem fechadas. Cinemas e salões de beleza podem reabrir, desde que respeitem as medidas de higiene.
Dados divulgados na segunda-feira (4) apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) de Hong Kong caiu 8,9% no primeiro trimestre interanual. É seu pior resultado desde que estes números começaram a ser coletados em 1974.