A França decidiu prorrogar até o próximo 11 de maio as medidas de confinamento para combater a pandemia do coronavírus, que já causou cerca de 15 mil mortes no país. O presidente Emmanuel Macron fez o anúncio em pronunciamento transmitido pela televisão, nesta segunda-feira (13):
– A epidemia ainda não está controlada. O confinamento mais rigoroso ainda precisa continuar – declarou o líder francês, direto do Palácio do Eliseu.
A quarentena no país está em vigor desde o dia 17 de março. O anúncio do presidente francês foi feito no mesmo dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou seis critérios para relaxar as medidas de isolamento contra o coronavírus.
No entanto, segundo Macron, os mais vulneráveis, como "idosos, pessoas com deficiências graves e com doenças crônicas" devem permanecer confinados mesmo depois da data, pelo menos inicialmente.
Reabertura gradual
O jornal Le Monde publicou o pronunciamento. No discurso, Macron disse que, a partir de 11 de maio, o país deve começar a reabrir gradualmente, começando por creches e escolas.
Atividades de lazer continuarão impedidas mesmo após a data.
– Bares, restaurantes, cafés, hotéis, cinemas, teatros, salas de concertos e museus permanecerão fechados nesta fase – disse Macron.
Festivais e outros eventos que reúnem multidões não podem ser realizados "antes de meados de julho". A situação será reavaliada semanalmente a partir de meados de maio, disse o presidente.
Macron ainda afirmou que vai trabalhar em um plano específico para os setores mais afetados pela pandemia, como turismo, hotelaria e cultura.
– Caberá a nós, nas próximas semanas, nos prepararmos para as próximas. Teremos que reconstruir nossa economia mais forte, a fim de produzir e dar plena esperança a nossos funcionários e empreendedores, a fim de manter nossa independência financeira – disse o presidente francês.