A Espanha superou, nesta terça (14), as 18 mil mortes causadas pela pandemia de coronavírus. O Ministério da Saúde local registrou 567 vítimas fatais nas últimas 24 horas, número que representa um leve aumento na comparação com segunda-feira (13).
Terceiro país mais afetado pela covid-19, a Espanha registra 18.056 mortes na pandemia. No que diz respeito aos novos contágios, voltou a observar uma queda percentual no número de casos confirmados por dia, com um pouco mais de 3 mil nas últimas 24 horas, o que eleva o número global de casos notificados a 172.541.
Os dados foram divulgados um dia depois do retorno das atividades de alguns setores importantes da economia espanhola, particularmente, a construção e a indústria. As autoridades distribuíram milhares de máscaras nos transportes públicos para evitar aceleração dos contágios.
Apesar do retorno ao trabalho de algumas pessoas, o governo mantém o confinamento rigoroso para os demais espanhóis, uma medida que prosseguirá até 25 de abril e que permite aos cidadãos sair de casa apenas para seguir até o local de trabalho (caso não tenham condições de trabalhar em suas residências), para comprar alimentos e remédios ou para passear com os cães. O ministro dos Transportes, José Luis Ábalos, informou que 67% dos espanhóis cumprem o confinamento total em suas casas.
As autoridades de saúde destacaram que o pico da epidemia ficou para trás, depois que o país chegou a registrar 950 mortes diárias e mais de 8 mil novos casos em 2 de abril.
— As tendências são boas, de acordo com o que estávamos observando nas últimas semanas — afirmou Fernando Simón, diretor do Centro de Emergências Sanitárias do ministério da Saúde, que voltou a participar na entrevista coletiva diária após recuperar-se do coronavírus.
Apesar da tendência de queda de casos ter permitido uma redução na saturação dos hospitais nas regiões mais afetadas do país, como Madri ou Catalunha, "os leitos nas Unidades de Terapia Intensiva continuam em situação de alto estresse", advertiu Simón.