A Itália anunciou nesta sexta-feira um aumento recorde de quase 1.000 mortes por coronavírus em 24 horas, um balanço que nenhum outro país alcançou até agora, segundo dados oficiais da Proteção Civil.
O número total de mortes agora é de 9.134, 969 a mais do que quinta-feira.
O contágio, porém, continua a desacelerar, com um aumento de 7,4% no número total de casos positivos (86.498), a taxa mais baixa desde o início da pandemia na Itália, há mais de um mês.
O número recorde anterior de mortes já havia sido registrado na Itália em 21 de março (793).
A região mais afetada continua sendo a Lombardia, com mais da metade das mortes registradas no país, 5.402 falecimentos para 37.298 casos, seguida por Emilia-Romagna, 1.267 mortes para 11.588 casos.
"Esta é uma pandemia sem precedentes, que atinge os países mais fortes do mundo e que adotam gradualmente as medidas que a Itália implementa há algum tempo", disse Domenico Arcuri, comissário do governo responsável pela crise do coronavírus.
Já de manhã, o Instituto Superior da Saúde (ISS) havia alertado que o pico da pandemia ainda não havia sido atingido na península e que poderia ocorrer nos próximos dias.
"Quero deixar claro um ponto. Não atingimos o pico, não o excedemos. Temos sinais de desaceleração (do número de casos), o que nos faz acreditar que estamos perto dele", ressaltou o chefe do ISS, Silvio Brusaferro, à imprensa.
Observando que "as medidas adotadas", como o confinamento dos italianos ou a proibição de atividades em todas as áreas não essenciais "têm tido efeito", Brusaferro enfatizou que "o crescimento do número de novos casos está desacelerando, mas não está diminuindo".
* AFP