A Ucrânia pediu nesta quinta-feira (9) a seus aliados ocidentais que forneçam "provas" que ajudem na investigação da queda de um Boeing ucraniano no Irã, depois que fontes americanas citadas pela imprensa disseram que a aeronave teria sido derrubada por engano pela defesa antiaérea iraniana.
"Nosso país tem o mais absoluto interesse em que se chegue à verdade. É por isso que pedimos aos parceiros ocidentais da Ucrânia: se tiverem provas que ajudem na investigação, solicitamos que as forneçam a nós", destacou a Presidência ucraniana em um comunicado.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou em entrevista coletiva que a queda do avião pode ter sido causada por acidente, mas não citou provas:
— Eu tenho minhas suspeitas. Eu não quero falar porque outras pessoas têm suas suspeitas. Alguém pode ter cometido um erro no outro lado, não no nosso sistema. Isso não tem nada a ver conosco.
Após a divulgação das suspeitas, o Irã negou envolvimento com o acidente.
— Cientificamente, é impossível que um míssil tenha atingido o avião ucraniano, e esses rumores são ilógicos — afirmou Ali Abedzadeh, chefe da Organização de Aviação Civil do Irã, segundo a agência Isna.
No acidente desta quarta, um Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines caiu cinco minutos após decolar do aeroporto internacional Imam Khomeini, em Teerã.
A aeronave, que decolou às 6h12min na hora local (23h42min de terça em Brasília) e seguia para Kiev, pegou fogo após a queda. Todas as 176 pessoas a bordo morreram, e ainda não se conhecem as causas do acidente — que chegou a ser relacionado à crise entre Irã e Estados Unidos.