O Boeing 737 da companhia Ukraine International Airlines, que caiu quarta-feira (8) no Irã, havia retornado para o aeroporto de Teerã devido a um "problema". As informações foram divulgadas pela Organização da Aviação Civil (CAO) do país nesta quinta-feira (9).
"O avião que se dirigia, a princípio, para o oeste para sair da zona do aeroporto, girou para a direita, devido a um problema e estava no caminho de regresso ao aeroporto quando caiu", explicou a CAO .
"Segundo testemunhas presenciais (...) observou-se um incêndio no avião que ia ficando mais intenso", acrescentou o informe publicado no site da CAO.
As testemunhas presenciais seriam pessoas que olhavam a decolagem do avião do solo, e outras que se encontravam em um avião que voava a maior altitude do que o Boeing no momento da tragédia.
A aeronave transportava 176 pessoas na hora da queda. Ninguém sobreviveu. O destino da aeronave era Kiev, capital da Ucrânia.
Na quarta-feira, a embaixada da Ucrânia em Teerã informou que foi uma falha no motor e refutou qualquer ligação com terrorismo ou com o conflito com os Estados Unidos. O real motivo da queda da aeronave deve ser esclarecido com as informações das caixas-pretas, já encontradas pelas equipes de busca.
Contudo, a CAO anunciou que não entregará os equipamentos aos Estados Unidos ou à Boeing, fabricante da aeronave. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, advertiu para o risco de qualquer "especulação" e disse que confiou ao procurador-geral do país a abertura de um processo para investigar o desastre.