A imprensa japonesa divulgou, nesta segunda-feira (6), novos detalhes da fuga do ex-magnata do setor automobilístico Carlos Ghosn, revelando que ele tomou um trem de Tóquio até Osaka, de onde embarcou em um avião para sair do Japão.
O executivo teria viajado junto com várias pessoas, as quais a polícia japonesa está tentando identificar com base em imagens das câmeras de segurança. Em Osaka, Ghosn teria ido de táxi para um hotel perto de aeroporto internacional de Kansai, segundo a NTV.
Ainda são desconhecidos todos os detalhes da fuga do Japão, mas se acredita que Ghosn tenha embarcado em um jato particular em 29 de dezembro, com destino a Istambul, na Turquia. Chegou lá no dia seguinte e tomou outro avião rumo a Beirute, no Líbano.
Ghosn é acusado de malversação financeira no Japão. O ex-CEO da Renault-Nissan foi solto em abril de 2019, mas estava proibido de deixar o Japão à espera de seu julgamento.
O franco-libanês de 65 anos estava em prisão domiciliar em Tóquio. Podia sair de casa e viajar pelo país por no máximo 72 horas, sem precisar de autorização judicial.
Dentro de equipamento de som
O jornal turco Aksam afirmou que Ghosn teria deixado o Japão escondido na carga de jatos particulares. Segundo a publicação, ele teria saído do país dentro de uma grande caixa usada para transporte de equipamentos de áudio.
O periódico diz que as caixas eram grandes demais para passar pelas máquinas de raio-X no aeroporto de Osaka e, então, detectores portáteis foram utilizados para verificá-las.