Ao menos cinco pessoas, incluindo um menino de oito anos, morreram na Índia durante manifestações contra uma lei de cidadania considerada discriminatória, aumentando para 20 o número de vítimas desde o início dos protestos na semana passada. O balanço foi divulgado pela polícia neste sábado (21).
Quatro manifestantes foram mortos a tiros na sexta-feira (20) durante confrontos no estado de Uttar Pradesh, anunciou o porta-voz da polícia local, Shirish Chandra. No mesmo Estado, um menino de oito anos faleceu durante um tumulto na cidade sagrada de Varanasi.
Os protestos, —mais importantes no país desde ao chegada ao poder, em 2014, do governo nacionalista hindu de Narenda Modi —, ocorrem há dez dias. O motivo do descontentamento é uma lei que concede cidadania a refugiados do Afeganistão, Paquistão e Bangladesh, mas apenas se não forem muçulmanos. Críticos consideram a medida discriminatória e contrária à Constituição indiana.
Em muitas regiões do país de 1,3 bilhão de habitantes as autoridades proibiram as manifestações. Em algumas localidades o acesso à internet foi cortado.