A Albânia, de luto após um violento terremoto que deixou 30 mortos, continua retirando corpos de edifícios em ruínas nesta quarta-feira, ao mesmo tempo que intensifica os esforços para procurar sobreviventes.
Depois do terremoto de 6,4 graus de magnitude, que aconteceu na madrugada de terça-feira, as autoridades decretaram estado de emergência nas duas cidades mais afetadas: Durres, na costa do Mar Adriático, e Thumane, ao norte da capital Tirana. Vários edifícios desabaram nas duas localidades.
Desde então, as equipes de emergência lutam contra o tempo para encontrar sobreviventes nas montanhas de escombros, com o auxílio de cães farejadores e equipamentos. Até o momento foram encontradas 45 pessoas com vida. O país recebe o apoio de mais de 200 especialistas italianos, gregos e franceses.
Durante a manhã, os bombeiros encontraram os corpos de um casal em Thumane, Pellumb e Celike Greku. O filho Saimir foi resgatado com vida na terça-feira à noite, mas não resistiu e faleceu no hospital, informaram parentes e vizinhos.
As autoridades não anunciaram uma estimativa sobre o número de pessoas que estão presas nos escombros, mas o número de vítimas fatais pode aumentar consideravelmente. O balanço oficial do ministério da Defesa é de 30 mortos. O terremoto também deixou 650 feridos, a maioria já liberados dos hospitais.
A Albânia respeita nesta quarta-feira um dia de luto nacional. As comemorações da independência, previstas para 28 e 29 de novembro, foram canceladas.
O epicentro do tremor foi localizado no Mar Adriático, 34 km ao noroeste de Tirana, a 10 quilômetros de profundidade, de acordo com o Centro Sismológico Euromediterrâneo.
Vários tremores secundários foram sentidos depois do terremoto: o mais forte atingiu a magnitude de 5,3 graus.
O país é conhecido pelo urbanismo selvagem, especialmente nas zonas turísticas. De acordo com o sismólogo albanês Rrapo Ormeni este foi o terremoto mais potente registrado na área turística de Durres desde 1926.
A mesma região da Albânia foi cenário em setembro de um terremoto de 5,6 graus, que na ocasião as autoridades consideraram o mais forte dos últimos 20 a 30 anos.
Os Bálcãs são uma região de forte atividade sísmica pelos movimentos das placas tectônicas africanas e euroasiáticas, assim como da microplaca Adriática.
Os tremores são frequentes. Em 1963, um terremoto deixou quase mil mortos em Skopje.
* AFP