O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, justificou nesta sexta-feira (18) a decisão de s críticas na Câmara dos Deputados. "Renúncia! Renúncia!", gritaram deputados do conservador Partido de Ação Nacional (PAN, a segunda força do país) ao gabinete de segurança chefiado por Durazo.
Em termos de segurança, a semana já havia sido difícil para o governo de esquerda, com o massacre de 28 pessoas em dois dias.
"Envie Chapito para o 4T", foi a manchete do jornal Reforma em sua edição desta sexta-feira, referindo-se à Quarta Transformação, como López Obrador se orgulha de chamar seu mandato. As três transformações anteriores seriam a Guerra da Independência (1810-1821), a Guerra da Reforma (1858-1861) e a Revolução Mexicana (1910-1917).
"Um desastre, por qualquer ângulo", disse o especialista em segurança Alejandro Hope no Twitter.
"A única coisa pior do que tentar capturar um traficante sem planejamento indevido e desencadear uma batalha campal é tentar capturar um chefe sem planejamento indevido, conseguir, desencadear uma batalha campal e finalmente liberá-lo", concluiu.
O tiroteio de quinta-feira durou cerca de seis horas em vários pontos da capital de Sinaloa. As imagens de televisão mostraram cenas de pânico nas ruas, com homens mascarados e fortemente armados atacando as forças de segurança com uma chuva ensurdecedora de tiros.
Sandoval confirmou a morte de um civil e sete soldados, além de três policiais feridos por arma de fogo. Vários veículos policiais locais e um helicóptero também foram alvejados por balas.
El Chapo Guzmán, considerado o traficante de drogas mais poderoso do mundo, escapou em janeiro de 2001 da prisão de Puente Grande.
Ele foi capturado novamente em fevereiro de 2014, mas 17 meses depois ele estrelou outra fuga espetacular de uma prisão de segurança máxima.
Ele foi preso pela terceira vez em janeiro de 2016 e um ano depois foi extraditado para os Estados Unidos.
Após um período de brigas internas, seus filhos assumiram o controle do cartel, juntamente com seu cofundador, Ismael "El Mayo" Zambada.
* AFP