Com a desistência do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o presidente Jair Bolsonaro decidiu indicar o encarregado de negócios Nestor Forster para o posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
O diplomata, que é próximo ao escritor Olavo de Carvalho e ao chanceler Ernesto Araújo, era o primeiro nome cotado para a função, mas acabou não sendo efetivado após o presidente ter tomado a decisão de indicar o filho.
Segundo relatos feitos ao jornal Folha de S.Paulo, Bolsonaro informou a assessores que pretende enviar a indicação do diplomata ao Senado assim que retornar ao Brasil, em novembro, e que Forster já foi sondado e avisado da intenção.
— Já temos o nome, pronto para ser anunciado, e aguardamos os próximos dias, porque depende dele aceitar o convite também — disse. — Pode ser o Nestor Forster, um bom nome — acrescentou.
Em conversas reservadas, o presidente disse ainda que a afinidade ideológica de Forster com o seu governo foi um fator determinante para a escolha.
Na recente crise ambiental, após a série de queimadas na floresta amazônica, por exemplo, Forster disse que é "desonesto" relacionar o episódio à política do governo e chamou de uma "histeria injustificada" a repercussão negativa no Exterior.
Na segunda-feira (21), antes de Eduardo optar permanecer no Brasil e ser líder do PSL na Câmara dos Deputados, o presidente já havia sinalizado que o diplomata era o seu nome favorito para assumir o posto.
No início do ano, o diplomata foi promovido ao posto de ministro de primeira classe, tornando-se apto a assumir uma embaixada. Foi Forster quem apresentou Olavo para Araújo. Desde abril, quando Sergio Amaral foi removido para São Paulo, Forster teve participações em reuniões importantes do governo brasileiro nos Estados Unidos.
Ele estava presente, por exemplo, no encontro de Araújo com integrantes da alta cúpula do governo de Donald Trump, como o secretário Mike Pompeo. E ajudou a costurar a reunião de Bolsonaro com Trump durante a cúpula do G20.