O furacão Dorian, que atingiu o norte das Bahamas neste domingo (1º), deixando um rastro de destruição, segue em direção aos Estados Unidos. Após vários dias de incerteza sobre a trajetória de Dorian, os Estados americanos da região leste e sudeste — Flórida, Geórgia e Carolina do Sul — ordenaram a saída milhares de moradores da costa.
— Esperamos que boa parte da costa leste receba o impacto ou parte do impacto de forma muito, muito severa — afirmou o presidente Donald Trump, que cancelou a viagem à Polônia no fim de semana para monitorar a situação.
Até o momento não há informações sobre vítimas nas Bahamas, arquipélago formado por 700 ilhas, mas a Cruz Vermelha Internacional catalogou o impacto da tempestade como "catastrófico". O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos classificou o fenômeno como o segundo mais forte registrado na bacia do Atlântico.
— Estamos enfrentando um furacão como nunca vimos antes na história das Bahamas — disse Hubert Minnis, primeiro-ministro do arquipélago, que chorou durante uma entrevista coletiva. — Provavelmente, é o dia mais triste da minha vida — acrescentou.
Com ventos sustentados de 295 km/h, o furacão de categoria 5 tocou a terra ao meio-dia de domingo (horário local) na ilha Elbow, que faz parte das Ilhas Ábaco, no noroeste das Bahamas.
— As pessoas ainda estão traumatizadas pelo furacão Matthew (de 2016), mas este é ainda pior — disse Yasmin Rigby, moradora de Freeport, principal cidade da Grande Bahama.