Ao menos 2.500 pessoas continuam desaparecidas nas Bahamas mais de uma semana depois da passagem do devastador furacão Dorian, que matou pelo menos 50 pessoas, informaram os serviços de emergência do arquipélago.
"A esta hora, umas 2.500 pessoas estão inscritas no registro governamental de pessoas desaparecidas", disse Carl Smith, representante da agência de gestão de emergências das Bahamas (NEMA), destacando que a lista ainda não tinha sido comparada com os registros governamentais de pessoas em refúgios ou evacuadas.
"Alguns indivíduos que foram evacuados de Ábaco para Gran Bahama não estão registrados nos serviços sociais" e permanecem como desaparecidos, destacou Smith.
"A medida que possamos cruzar os dados, poderemos informar às famílias e reunir os sobreviventes com seus entes queridos".
O furacão afetou mais de 76 mil pessoas, segundo a Organização Internacional de Migração da ONU. Deste total, milhares foram evacuados e 860 se encontram em abrigos de emergência em Nassau.
Ao menos 50 pessoas morreram na passagem do furacão de categoria 5, que varreu as Bahamas nos dias 1 e 2 de setembro e as autoridades disseram esperar que o número aumente significativamente.
Smith preferiu "não especular sobre os números finais" da tragédia. "Sabemos que as pessoas estão preocupadas e nós também estamos".
O norte do arquipélago permanece no caos e a fase de emergência ainda não terminou. A prioridade é evacuar as vítimas das ilhas mais devastadas.
O porta-voz da NEMA disse que mais de 5.000 pessoas já tinham sido evacuadas das ilhas Grande Bahama e Ábaco, que foram devastadas por Dorian.
No entanto, detalhou que durante o último dia, houve uma "redução significativa" do número de pessoas que buscam sair.
Smith disse ter autorizado a retomada de voos comerciais para a ilha de Ábaco de forma "limitada", mas que seria dada prioridade aos voos de socorro e evacuação.