Sete membros da tripulação do petroleiro "Eagle S" estão sendo investigados na Finlândia pela suposta sabotagem de um cabo submarino no mar Báltico. Os suspeitos estão impedidos de deixar o país, anunciou a polícia finlandesa nesta terça-feira (31).
O petroleiro "Eagle S", que navegava sob a bandeira das Ilhas Cook, é suspeito de danificar o cabo submarino "Estlink 2" e interromper o fluxo de eletricidade entre Estônia e Finlândia em 25 de dezembro.
O navio foi levado para o porto finlandês de Porkkala, a 30 km de Helsinque, onde a polícia o inspecionou e interrogou os tripulantes.
"A proibição de saída do país é uma medida coercitiva que limita a liberdade individual, mas é menos severa que a detenção, e foi imposta para garantir que possamos entrar em contato com todas as partes durante a investigação", declarou Elina Katajamaki, uma responsável pela investigação, citada em um comunicado.
A lista de suspeitos pode aumentar, segundo o comunicado.
A polícia finlandesa revelou no domingo que havia identificado "indícios de um arrastamento" de vários quilômetros no fundo do mar.
O "Eagle S" é suspeito de fazer parte de uma "frota fantasma" que ajuda a Rússia a contornar as sanções impostas ao seu setor petrolífero em retaliação pela invasão à Ucrânia.
Vários incidentes semelhantes ocorreram no mar Báltico desde o início da ofensiva russa ao país vizinho em fevereiro de 2022.
Dois cabos de comunicação foram cortados nos dias 17 e 18 de novembro em águas territoriais suecas.
Um cargueiro que navegava sob bandeira chinesa, o "Yi Peng 3" - que estava na área no momento do incidente - foi investigado pelas autoridades suecas.
Esses atos, que buscam danificar infraestruturas energéticas e de comunicação, fazem parte do que especialistas e políticos descrevem como uma "guerra híbrida" entre a Rússia e os países ocidentais.
* AFP