O presidente americano Donald Trump confirmou neste domingo (18) o interesse em comprar a Groenlândia, mas disse que não era uma prioridade para sua administração.
— É algo de que falamos — declarou Trump a jornalistas. — O conceito surgiu e disse, sem dúvida, estrategicamente é interessante e estaríamos interessados, mas discutiremos um pouco (com a Dinamarca).
Ele ainda ressaltou que essa "não era a número um da lista" de prioridades do governo.
O jornal The Wall Street Journal noticiou na quinta-feira (15) que Trump havia expressado interesse pela grande ilha dinamarquesa com estatuto autônomo, na maior parte coberta de gelo, ao consultar assessores sobre a possibilidade de os Estados Unidos adquirirem o território situado entre o Ártico e o Atlântico Norte.
Trump, um bem-sucedido magnata imobiliário, sentiu curiosidade pelos recursos naturais e a relevância geopolítica da área, de acordo com a publicação. Quando consultado se consideraria trocar um território americano pela Groenlândia, o presidente respondeu que "muitas coisas poderiam ser feitas".
— Essencialmente, é um grande negócio imobiliário — resumiu.
A Dinamarca colonizou a ilha, com área de 2 milhões de quilômetros quadrados, no século 18. A população é de apenas 57 mil pessoas, a maioria pertencente à comunidade indígena inuit.
— Está afetando muito a Dinamarca porque estão perdendo quase US$ 700 milhões ao ano mantendo-a... E estrategicamente para os Estados Unidos seria bom — acrescentou Trump.
— Estamos abertos a fazer negócios, não a vender — afirmou na sexta-feira (16) o ministro de Relações Exteriores da ilha.