O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve seu terceiro encontro com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, neste domingo (30), na Zona Desmilitarizada que separa as duas Coreias. Trump estava na Coreia do Sul desde sábado (29), após participar da cúpula do G20 no Japão, e havia feito o convite para o encontro em post publicado no Twitter. Durante o breve encontro, Trump cruzou a fronteira e tornou-se o primeiro presidente americano a entrar em território norte-coreano.
— Me senti orgulhoso de ter cruzado esta linha. (...) É um grande dia para o mundo — disse Donald Trump ao cumprimentar Kim Jong-un, que, por sua vez, disse esperar que sua relação com o presidente americano poderia "superar os obstáculos" entre os dois países.
Apesar da ausência de sinais de avanço nas negociações em torno do acordo nuclear para por fim às sanções econômicas ao regime de Pyongyang, Trump afirmou que "estão acontecendo coisas muito positivas" na península graças à aproximação entre os dois líderes, iniciada no ano passado. O presidente americano também anunciou que os dois países começarão a realizar reuniões de trabalho "nas próximas duas ou três semanas" sobre o processo de desnuclearização.
— O que vai acontecer é que nas próximas duas ou três semanas as equipes vão começar a trabalhar — disse Trump.
Além disso, o presidente americano anunciou que convidou o líder norte-coreano a visitar os Estados Unidos ao final do encontro.
— Isto acontecerá em algum momento — disse Trump à imprensa. — Quando ele quiser fazer isto. Acredito que vamos anotar a próxima etapa, vamos ver o que acontece — acrescentou.
As tensões entre a Coreia do Norte e o resto do mundo diminuíram consideravelmente no ano passado, após os níveis dos anos anteriores devido a testes nucleares e disparos de mísseis pelo regime de Pyongyang. Esta distensão foi ilustrada em 2018 com a histórica reunião entre Kim e Trump em Singapura.
Mas sua segunda cúpula, em fevereiro passado, em Hanói, foi concluída sem progresso, permanecendo bloqueada na questão da desnuclearização da Coreia do Norte. Washington exige que isso ocorra antes de retirar as sanções internacionais, e Pyongyang se nega a isso.