Equipes de resgate avistaram corpos, nesta segunda-feira (3), em uma das regiões do Himalaia, na Índia. A suspeita é de que sejam os oito montanhistas que estão desaparecidos desde a semana passada.
— Os corpos eram visíveis durante o reconhecimento no helicóptero. Estão na mesma rota que os montanhistas estavam — disse uma fonte militar indiana, que não quis revelar sua identidade.
— Durante as buscas foram feitas fotos em que quatro ou cinco corpos aparecem. A resolução das imagens é bastante ruim — declarou à imprensa V.K. Jogdande, autoridade administrativa do distrito.
Nas imagens, é possível ver formas que parecem ser corpos e material espalhado perto de um imenso muro de neve. As autoridades ordenaram uma avaliação técnica, visando a recuperação dos corpos "o mais rápido possível".
As equipes locais de resgate buscam desde sexta-feira (31) um grupo de quatro britânicos, dois americanos, um indiano e uma australiana no Nanda Devi, o segundo pico mais alto do Himalaia. O local foi "sacudido" na semana passada por fortes nevadas e avalanches.
O grupo desaparecido, conduzido pelo guia britânico Martin Moran, havia começado sua subida em 13 de maio. A previsão é que retornassem ao acampamento-base em 26 de maio.
—As possibilidades de que tenham sobrevivido são muito poucas a uma altitude de 4.600 a 5.500 metros. É quase impossível que estejam vivos — afirmou a fonte militar.
Uma fonte policial declarou à AFP que os socorristas tentariam chegar ao local, onde os corpos foram vistos. Uma entrevista coletiva está prevista para o fim do dia. Uma equipe de socorristas a pé chegou ao acampamento-base, mas ainda deve subir 90 quilômetros para alcançar a zona na altitude, onde estavam os oito montanhistas.
Os alpinistas pretendiam, inicialmente, chegar ao cume pelo lado oriental do Nanda Devi. Mas uma mensagem em 22 de maio na página do Facebook da Moran Mountain, a agência do guia britânico, indicou que eles tentariam a subida ao pico ainda virgem de 6.477 metros.
Nesta segunda, as buscas atrasaram devido a nuvens. Segundo o jornal Sydney Morning Herald, a cidadã australiana se chama Ruth McCance e é de origem britânica. O jornal informa que a última comunicação recebida por seu marido era um texto de uma semana atrás que dizia "OK no acampamento-base".
Um dos montanhistas britânicos é Richard Payne, professor na Universidade de York, na Grã-Bretanha.
— Continuamos muito preocupados com sua segurança, e nossos pensamentos estão com sua família, seus amigos e seus colegas — afirmou um porta-voz da universidade.