A polícia cingalesa divulgou, nesta quarta-feira (1º), os nomes de nove pessoas que cometeram os atentados suicidas que deixaram 253 mortos no Domingo de Páscoa, em 21 de abril, e anunciou que os bens dos autores serão confiscados.
O porta-voz da Polícia, Ruwan Gunasekera, confirmou que os autores dos atentados suicidas em dois hotéis de luxo, dos três que foram atacados, eram dois irmãos pertencentes a uma família rica de Colombo especializada na exportação de especiarias.
O grupo de islamistas que organizou estes atentados coordenados em três hotéis de luxo e em três igrejas enviou um homem-bomba para cada um desses locais. A exceção foi o hotel Shangri-La, onde houve duas explosões provocadas por dois homens.
Um dos homens-bomba do hotel Shangri-La foi identificado como Zahran Hasim, chefe do grupo extremista local que organizou estes atentados reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI).
Hashim era chefe do grupo National Thowheeth Jama'ath (NTJ), que foi proibido de atuar no país. Ele cometeu o atentado acompanhado de Ilham Ahmed Mohamed Ibrahim. Já o irmão mais velho de Ilham, Inshaf Ahmed, foi responsável pelo atentado suicida no Cinnamon Grand Hotel.
O terceiro hotel atacado, o Kingsbury, foi alvo de uma deflagração ativada por Mohamed Azzam Mubarak Mohamed. Sua mulher foi detida pela polícia, acrescentou o porta-voz.
A igreja de Santo Antônio foi atacada por um morador de Colombo, Ahmed Muaz. Seu irmão foi detido. O autor do atentado suicida na igreja São Sebastião foi Mohamed Hasthun, morador do leste do Sri Lanka, onde Hashim vivia.
A igreja evangélica de Sion, em Batticaloa (leste), também foi atacada pelo cingalês Mohamed Nasser Mohamed Asad.
Outro indivíduo - que não conseguiu cometer o atentado planejado em um hotel de luxo, mas detonou uma bomba perto de uma pousada perto da capital - foi identificado como Abdul Latheef. Ele estudou no Reino Unido e na Austrália.
Pouco depois dos atentados nos hotéis, Fathima Ilham, mulher do mais jovem dos dois irmãos, acionou os explosivos que levava com ela. Matou seus dois filhos e três policiais que haviam se deslocado para sua residência.
"Vamos recorrer a leis sobre financiamento do terrorismo para confiscar seus bens", acrescentou o porta-voz Ruwan Gunasekera.
* AFP