A Líbia está mergulhada no caos desde a queda e o assassinato do ditador Muammar Kadafi em em 2011, o que abriu o caminho para a luta entre dois governos paralelos neste país rico em petróleo.
Esta é a cronologia da crise líbia desde o desaparecimento de Kadafi.
- Assassinato de Kadhafi -
Em fevereiro de 2011, os protestos começaram contra Kadafi, no poder por 42 anos, na esteira da Primavera Árabe da Tunísia e do Egito.
Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França apóia uma insurreição armada, diante da qual o líder líbio foge, mas é capturado e morto em 20 de outubro em Sirte.
Em agosto de 2012, o Conselho Nacional de Transição rebelde entrega o poder a uma autoridade transitória eleita um mês antes: o Congresso Geral Nacional (CNG).
- Embaixadas na mira -
Em 11 de setembro de 2012, o embaixador americano Chris Stevens e três funcionários da delegação dos Estados Unidos em Benghazi são assassinados.
Em abril de 2013, um carro-bomba ataca a embaixada francesa em Trípoli, ferindo dois guardas.
A maioria das embaixadas abandonam da Líbia.
- Governos rivais -
Eleições legislativas são realizadas em junho de 2014 e o CNG é substituído por um parlamento dominado por anti-islamitas.
As milícias islâmicas rejeitam os resultados, são agrupadas sob o nome "Fajr Libia" (Amanhecer da Líbia), atacam Trípoli em agosto e instalam um governo de "salvação nacional".
Enquanto isso, o parlamento reconhecido pela comunidade internacional, se refugia em Tobruk, perto da fronteira com o Egito, na outra extremidade de Trípoli.
A Líbia passa a ter dois governos e dois parlamentos.
Após um ano e meio de negociações, em dezembro de 2015, eles criam um Governo de Unidade Nacional (GNA) apoiado pela ONU.
Em março de 2016, o chefe do GNA, Fayez al Sarraj, chega a Trípoli para estabelecer o novo governo, mas o marechal Khalifa Haftar, uma administração rival, se nega a reconhecer sua autoridade.
- Sempre o petróleo -
Em junho de 2018, uma milícia ataca dois campos petrolíferos no nordeste sob o controle de Haftar, mas ele, depois de dois dias, anuncia que recuperou o controle.
Seis meses depois, lança uma ofensiva contra os ricos depósitos do sul.
- Eleições -
Em 28 de fevereiro, a ONU anuncia que os advesários estão dispostos a realizar eleições e convoca uma conferência de todos os partidos para abril com o objetivo de estabelecer um calendário eleitoral.
- Rumo a Trípoli -
Em 4 de abril, as tropas que respondem a Haftar lançam uma ofensiva contra Trípoli e o governo de Fayez al Sarraj ordena que suas forças se preparem para resistir.
No dia seguinte, as forças de Haftar são detidas em seu avanço a 30 quilômetros de Trípoli.
Dois dias depois, Haftar anuncia que bombardeou um subúrbio da capital.
* AFP