O líder norte-coreano Kim Jong Un deixou nesta sexta-feira (26) a cidade de Vladivostok após a reunião de cúpula "amistosa" com o presidente russo, Vladimir Putin, do qual buscava apoio na questão nuclear ante o que chamou de "má fé" dos Estados Unidos.
Após uma visita sem avanços concretos, mas que permite a Pyongyang renovar os laços com seu aliado durante a Guerra Fria, e que devolveu Moscou à primeira página na crise, o trem blindado da delegação norte-coreana partiu às 5h30min (2h30min de Brasília) da estação de Vladivostok, para uma viagem de quase 10 horas até Pyongyang.
— Prometeu voltar, gostou da cidade — afirmou o governador Oleg Kojemiako.
Kim passou cinco horas na quinta-feira (25) com o presidente russo, duas delas sozinhos e as demais em uma reunião com as delegações e em um jantar de gala, durante o qual trocaram brindes e presentes. Um encontro "aberto e amistoso", afirmou Kim, segundo a agência oficial norte-coreana KCNA, que afirmou ainda que Putin "aceitou prontamente" o convite para visitar a Coreia do Norte.
O resultado foi muito diferente do fracasso da reunião de Hanói entre Kim e o presidente americano Donald Trump em fevereiro, que representou um freio na distensão observada nos últimos meses na península coreana. Washington "adotou uma atitude unilateral de má fé", denunciou o dirigente norte-coreano, segundo a KCNA, antes de advertir:
— A situação na península coreana e na região está atualmente em um impasse e atingiu um ponto crítico.