Os resultados da investigação preliminar sobre a queda do Boeing 737 Max 8 da Ethiopian Airlines que caiu em março, um acidente que matou 157 pessoas, apontaram que os pilotos do avião seguiram "várias vezes" os procedimentos recomendados pela Boeing, mas não conseguiram recuperar o controle da aeronave.
— Os pilotos realizaram várias vezes todos os procedimentos indicados pela fabricante, mas não foram capazes de controlar o avião — disse o ministro etíope dos Transportes, Dagmawit Moges, ao apresentar os resultados da investigação.
Ainda segundo Moges, o sistema de controle de voo da aeronave deve passar por uma revisão.
Em março, o piloto do avião relatou dificuldades minutos antes da queda. Ele pediu à torre de controle para retornar ao aeroporto da capital etíope, Adis Abeba. A informação foi dada pelo executivo-chefe da Ethiopian Airlines, Tewolde Gebremariam. Em entrevista coletiva, ele disse que a empresa não tinha conhecimento de nenhum problema mecânico no Boeing 737 MAX, adquirido há apenas quatro meses.
O acidente
A aeronave decolou às 8h38min locais (2h38min no horário de Brasília) do dia 10 de março com destino a Nairóbi, no Quênia, e desapareceu dos radares seis minutos depois. O acidente teria ocorrido na região de Bishoftu, a cerca de 50 quilômetros a sudeste de onde ocorreu a decolagem. Na queda, o avião provocou uma grande cratera. O Boeing se desintegrou com o impacto e não era possível distinguir a forma da aeronave, apenas pedaços espalhados.